terça-feira, 22 de novembro de 2011

16:13

e quando de repente chega o vento
trazendo gotas d´água
e folhas coloridas
como confetes caídos do céu
sobe até as narinas
a terra esquecida
lava corpo
lava alma
refresca o pensamento
acalanta o coração

sexta-feira, 26 de agosto de 2011


olhares perdidos
na grande imensidão
procuram em vão

vagas imagens
desejos esquecidos
buscam abrigo

solar reflexão
lembranças nas bolhas
no vento se vão

domingo, 10 de julho de 2011

 


Vivia sem saber. Apenas vivia, e isso...doía. Não tinha relógio mas gostava de sentir as horas. Não pensava porque pensar também lhe doía. Então rezava indiferentemente. Um dia, ouvira no rádio : “Arrepende-te dos teus pecados e Deus lhe perdoará.” Arrependeu-se toda e completamente, sem saber exatamente do que. Porém, continuava doendo. Se doía o tempo todo. Um dia, viu uma propaganda que prometia acabar com a dor em instantes. Passou a tomar aspirinas regularmente. Em pouco tempo desenvolvera a habilidade de saber engolir o comprimido sem água. A dor? Ah... a dor continuava, mas adquirira o difícil hábito de engolir a seco.

terça-feira, 5 de julho de 2011

mundos
fundos
surdos


e cegos

terça-feira, 7 de junho de 2011


queria ir
enlouquecer no nada
antes de partir


vulto do tempo
padece invisível
véu da eternidade

segunda-feira, 30 de maio de 2011

casca

Dentro da minha casca
um silêncio preto e branco
busco n´alma
matizes de cores
para espantar bolores

sexta-feira, 18 de março de 2011

haicai


Formiga somos
Desorientadas
Folhas da vida


Cheiro de verde
Acaricia o vento
Azuis inimagináveis


Tons e sobretons
Baila a natureza
Coloridos sons

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

de: non-stop para: stop-now


diluídos no vem da vida
corrida
regrada
doída
atribulada
encobrimos nossas fraquezas
em tímidas máscaras
raquíticos
alienados da natureza
amputados sem o saber


por sorte
atropelados por aquele
de quem nem lembrávamos mais -
nós mesmos.


e compilados para fora da engrenagem,
frente a frente com nossa debilidade
deparamos com o vazio
apartados conosco
isolados em nós
angústia insipiente

seria esse vazio a tal plenitude?
no nada
sentir-se pleno
- desafio


e assombrados pela solidão
sós nascemos
um belo dia
sós morremos


enquanto isso,
cuidemos
para não sermos despidos da natureza
que em nós habita.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


OBEIJO



O calor da sua boca
Cheiro, textura
Conforto que me faz relaxar,
Abrir as pernas
E com as mãos,
Abrir o segredo
Revelar a gota de prazer
Fluindo, emanando pelo corpo
Refletindo no bico dos seios
Descendo frio
Subindo quente
Arrepiando a pele da gente

domingo, 23 de janeiro de 2011

Caramelo

título original: (Sukkar Banat)
lançamento: 2007 (França, Líbano)
direção:Nadine Labaki
atores:Nadine Labaki, Yasmine Elmasri, Joanna Moukarzel, Gisèle Aouad.
duração: 95 min
gênero: Comédia

Sinopse

Beirute. Cinco mulheres costumam se encontrar regularmente no salão de beleza Sibelle: Layale (Nadine Labaki), amante de um homem casado e que sonha com o dia em que ele se separará; Nisrine (Yasmine Elmasri), que está prestes a se casar mas não é mais virgem e não sabe como contar isto ao noivo; Rima (Joanna Moukarzel), que sente atração por mulheres; Jamale (Gisèle Aouad), que tem medo de envelhecer; e Rose (Sihame Haddad), que abriu mão de sua vida para cuidar da irmã mais velha. No salão os temas prediletos do quinteto são o amor, sexo e os homens.
Sensível, bem humorado, irônico, com traços almodovarianos retrata algúrias e alegrias femininas. O título vem da depilação caliente que se faz no salão com um creme caramelado. Fotografia maravilhosa com cores carregadas que  captam a sensualidade no ar. 

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O lance é atualizar essa parada.
O paliteiro deitou-se, o galo ganha de 2 x 0, o garçom é careca e filho da puta.
- Hoje é seu dia de glória! Você tá perdida! Hoje eu te quero toda! Sua boca é uma delícia. (não é um conto erótico) (mas pode virar)
- De preferência que vire.
Vira vira, vira vira, vira homi vira vira
Vira vira lobisomem
- Isto ta virando um ... pqp (ele acha que eu faço diário rsrs, coitado, mal sabe ele)
- Você é doida demais! E gostosa!
- Tem calmante aí?
- Aqui não.
- Você é louca?
- Acho que sou. Dizem que sou louca por pensar assim.
- Você é louca porque namora pela internet
- Vou ver se o celular tá lá no carro
2º tempo 27:31  spt/0/2/cam
cena de cinema
- Mais uma?
- Mais uma.
- Pedi um caldo.
- Ah é, vai passar o corporativo?
- Não tenho, já disse
- Ainda tenho uma pontinha aqui, alegria da rapaziada e depois que curtir a onda a galera fica legal
- Vamos lá?
- Uma ponta de cada vez.
Ele fez um versinho, escreveu no guardanapo e entregou pra ela antes de partir:
" Em cada coração bate um buteco.
  Em cada buteco batem vários corações
  E foi num buteco que nossos corações bateram de frente"