Vinha ela pela rua quando avistou um homem de terno, um ou dois números maior do que o seu, naquele calor e carregando uns papéis. Deve ser jornal de igreja, pensou e andou mais rápido entrando numa lojinha. Pois não é que o sujeito entrou e logo se apresentou exclamando: Como você parece com minha ex-mulher!
Putz! Era só o que faltava.
E o sujeito continuou, contando que a mulher morreu num parto difícil, o único amor de sua vida. Tem uma filha de 23 anos morando em São Paulo. Teve uma outra namorada, Ana Paula, que queria ser modelo e foi-se embora, abandonando-o. Pobre coitado. Não parava de falar e ela com aquele sorriso amarelo pensando como iria sair dali.
Foi quando ele respirou, ela mais do que depressa: prazer em conhecê-lo, muitas felicidades!
Saiu andando aliviada.
devaneios
Apreciem a viagem!
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
tus ojos
tus ojos negros
dulces como la luz del crepúsculo
se llenaban a veces de deserto
como la noche oscura
tus ojos negros
tienem delícias y tristezas
memórias en la noche
recordadas à la luz
incierta de la madrugada
tus ojos negros
que lindos tus ojos
el mirar de tus ojos
y más, el aire de tu mirada
sobre mi corazón
dulces como la luz del crepúsculo
se llenaban a veces de deserto
como la noche oscura
tus ojos negros
tienem delícias y tristezas
memórias en la noche
recordadas à la luz
incierta de la madrugada
tus ojos negros
que lindos tus ojos
el mirar de tus ojos
y más, el aire de tu mirada
sobre mi corazón
terça-feira, 22 de novembro de 2011
16:13
e quando de repente chega o vento
trazendo gotas d´água
e folhas coloridas
como confetes caídos do céu
sobe até as narinas
a terra esquecida
lava corpo
lava alma
refresca o pensamento
acalanta o coração
trazendo gotas d´água
e folhas coloridas
como confetes caídos do céu
sobe até as narinas
a terra esquecida
lava corpo
lava alma
refresca o pensamento
acalanta o coração
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
domingo, 10 de julho de 2011
Vivia sem saber. Apenas vivia, e isso...doía. Não tinha relógio mas gostava de sentir as horas. Não pensava porque pensar também lhe doía. Então rezava indiferentemente. Um dia, ouvira no rádio : “Arrepende-te dos teus pecados e Deus lhe perdoará.” Arrependeu-se toda e completamente, sem saber exatamente do que. Porém, continuava doendo. Se doía o tempo todo. Um dia, viu uma propaganda que prometia acabar com a dor em instantes. Passou a tomar aspirinas regularmente. Em pouco tempo desenvolvera a habilidade de saber engolir o comprimido sem água. A dor? Ah... a dor continuava, mas adquirira o difícil hábito de engolir a seco.
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